Pandemônio do cão essa coisa do cão que levava vida de cão resolver por conta dar cabo da rotina e ganhar o mundo deixando aos lamentos aquela que lhe deu lar no melhor estilo anarquista.
Enquanto afrancesava o bichinho não havia modus operandi de sacar qualé que era a do animal rebelde. Não me atentei aos símbolos recorrentes, né? Mudança de comportamento a gente logo pensa que é droga. Vi que o filho tava bem bonzinho, sem seqüela nem variação, aí não dei bola.
Retomada a aclimação do enredo, retomemos também a imagética da coisa aí.
Pingo correu ladeira abaixo num desenfreio sem fim e na desolação maternal eu procurei qualquer maneira rápida de alcançar o canino patatal [de patas, né?] descambando pras quadras descendo, descendo, descendo...
Naquele momento o instinto de mãe me tomou feito espírito ruim em caboclo chei d’alccol e dei jeito de seqüestrar a primeira montaria que meus olhos alcançaram. A biclicretinha rosa que o vô deu faz tempo.
No alazão do resgate fui buscar o rebento perdido tão afoita que não atentei para detalhes práticos envolvendo freios e tal...
O vento bagunçando a cabeleira me fez imaginar por alto que em breve poderia segurar novamente em meus braços aquele emaranhado de pêlo ensebado considerando a velocidade da bicicretinha.
E foi aí que a empreitada cavalaresca e medievo-californiano-ecológico-antiguerra-do-vietnã mixou.
Passados 5 anos de inaugurado, o freio cismou de funcionar tão bem quanto o SUS. Pingo já tinha ficado uns 300 metros pra trás e a parte do bairro que servia de cenário pro tuts-tuts de perseguição eu nem reconhecia mais.
tá. tou cansada. conto mais amanhã.
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3 comentários:
go speed pingo, go!!
oO!!
pingo pra mim é o pinguim da cultura!!
run forrest run!!
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