sabe velha lavando calçada e a água entrando nas frestas em tudo que é fresta em tudo que é espaço em tudo que é coisa?
sabe casa de madeira velha em dia de sol
bem cedo do dia
bem cedo...
a luz na retina ferindo o olho?
sabe perfume barato fragrância de doce em saleta de SUS na entrada lotada que invade a narina da gente?
quem vem não importa veto, lacre, nada.
entra sem licitação e já está com os pés na mesa?
segue sem porta que impeça
e o outro descobre o meu outro guardado e eu vejo o outro escondido guardado do outro.
sei ser água.
sei ser luz
sei ser cheiro.
e me entra e me descobre
e te entro e te descubro
somos água
somos luz
somos cheiro
e nos sabemos.
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